As nuvens flutuam nos olhos do anjo
Alguém sabe que ela esbanja crepúsculos
Também o antipoder de conter a si em asas
E mascar as auréolas da realidade nua
Às vezes ela freia a bondade que esbanja
Para tocar a sua flauta divina em âmago
Ela só pode ser o que ele foi e é
E foi bom, pois naturalmente era assim:
Nem todos os anjos são bondosos
E a bondade pode ser uma praia nua
Ou uma mulher tão vazia quanto eu
Eu apenas fui bom como eu sou
Mas a bondade não é genética
Saber que meu filho pode cuspir na cruz
É o que me apavora muito mais
Do que a falta do dólar para o lanche
O mendigo.
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 5:35 AM
0 Comments:
Post a Comment