OVO.

Ela eu nunca disse
Algo raro enigma
Talvez apenasmente
Possa saber agora
Que o que circunda
A noite azul é outra
Coisa como ela é
Talvez ouvir seja a
Parte que lhe falta
Mas só estar lendo
Já parece algo novo
Agora é colocar pêlo
Em cabeça de ovo

Tuesday, September 30, 2008

OLHOS.

O infinito é tão lindo
que esquisito eu me sinto.

O infindo me aflige ao
saber que o que é lindo

também é findo e
tem o fim onde meu olhos

não podem tecer o horizonte:
olhos diante de minha fronte.

Sunday, September 28, 2008

poeira.

na tomada fico bem
o led vai e vem
vermelho ascende o branco
mente
quando não tem o pó
do tempo

Saturday, September 27, 2008

comi.

como
luar desesperado em engolir o fim das escarpas
como
habitat do dinossauro que engolia flores
tudo
está esquálido na tela de meus olhos
tudo
esqueleto de computadores fazendo a minha engrenagem
fim

Thursday, September 25, 2008

VEM AÍ!


Tuesday, September 23, 2008

ana conda anda sobre as ondas.

alguém como
não sabe quem
pode dizer
o que quer

somente só
poderá querer
um falar
tubular

feito onda
feito mantra
ana conda

abril.

Pegou uma lâmina de barbear e escreveu depois de cortar os pulsos:

a lâmina percorre entra e depois perfaz algum hiato cândido que outrora ressaca de si já foi para outro mar de ardósia arder nefastos crimes como quem teceu sua troca

a lâmina ardeu urdiu semipousou na mão do alicate que a manuseando como uma pinça foi incisiva ao ponto g e futucando arrancou-lhe as orelhas poros ventas e ventanias que colocou no colo de um tigre de bengala

a lâmina tinha só o dom de percorrer aqui e ali aquele bigodinho de casimira que se abria em meio à boca de uma pica nua de si e sem perdigotos brancos por perto e algum escarro verde ou lacrimogênio desterro em fezes se acabou

a lâmina serviu para dar o principal caminho para as balas perdidas que refletidas em si despencavam bolinhas de sabão e saíam gotas cristalizadas de algodão doce

Falou para o que só ouvia:

— Escuta espelho. Abril entrou pelas pupilas trazendo um jogo cedo do vento que invadia que dizia que tremia muito pelas cortinas de enguias e volts e palavras na testa do ontem. Alguma notícia circundou o jornal, mas não entrou ali de última hora somente a manchete escarrando o sangue no café da manhã melita: medito editando sempre as faíscas de pensamento que surgem com aquele homem detrás do outro e além do outro. É a verdade e a outra verdade e a outra verdade — sem se comunicar não dão um samba bom o positivo punque de boutique que seja um pouco positive punk. Agora o agora sucumbe ao inerme e exato circo dos sistemas e dilemas como se a angústia decalcada e podre fosse somente só somente angústia só somente só somente só assim vou lhe chamar assim você vai ser melita e mais café no leite e leite quente na refeição que é bom: e o queijo no café e no café o queijo fétido e aquele queijo com o verde do escarro e aquela verde cor-de-palmeiras e da cor do sistema brasileiro de emblemas — o sbe. Sonho de uma noite. Sete de abril de 2000. Acordo e idéias subtraem idéias. A gente vive muitas angústias na vida. Se uma mulher que se diz minha não quer beijar a minha boca porque se diz triste e porque diz que estou fedendo quando tomei um banho por ela para vê-la e receber seu beijo. Será que a morte me beijará antes que você? Quanto será que custa um beijo na boca? Não consigo entender por que uma mulher não quer beijar a minha boca. Devo eu estar com problemas e será que os problemas são meus ou ela estará fingindo que se apaixona pela pessoa certa e só se apaixona pela pessoa errada. Acho que é hora de romper com uma amizade que está sendo o que o outro quer, mas não o que eu quero. Tudo muito marasmo, muito coisas assim: totalmente liberdade pra ela e nenhuma liberdade pra mim. Ela me prende e não deixa que eu saia de mim mesmo eu não me iludo e eu sei que não há futuro para nós e muito menos para mim. Será que juntos vamos viver mais ou menos ou será que este discurso louco é louco demais para o meu tempo louco? Eu me sinto muito pequeno quando quero pedir um minuto de sexo e não sei se eu sou tão pequeno porque penso em sexo se eu gosto de sexo e se é no sexo que eu me sinto bem com ela. Já não tenho assunto pelo telefone. Não sei mais conjugar os verbos e eu fico pensando se ao invés de falar ela estivesse me usando sexualmente porque quero ser usado desordenadamente como esta fala mal falada, entende?

— Entendo.

— Entende o quê?

— Sou pago para entender.

Então o que falava levantou-se e pegou o que só ouvia pelo braço e deu-lhe um beijo na boca. Saíram camundongos pela orelha do que só ouvia que disse:

— Caralho do céu. Saiu um bacuri morto do meu ouvido.

— No seu ouvido só entra — disse o que só falava.

O que só falava sentou a porrada no que só ouvia que a esta altura falava:

— Eu não falei nada.

O espelho quebrou-se. O que só falava e o que só ouvia eram a mesma pessoa. 13 anos de azar porra.

tudo o uvirou sangue ouvirá impávi doqnem sangue

a lâmina percorre entra e depois perfaz algum hiato cândido que outrora ressaca de si já foi para outro mar de ardósia arder nefastos crimes como quem teceu sua troca

a lâmina ardeu urdiu semipousou na mão do alicate que a manuseando como uma pinça foi incisiva ao ponto g e futucando arrancou-lhe as orelhas poros ventas e ventanias que colocou no colo de um tigre de bengala

a lâmina tinha só o dom de percorrer aqui e ali aquele bigodinho de casimira que se abria em meio à boca de uma pica nua de si e sem perdigotos brancos por perto e algum escarro verde ou lacrimogênio desterro em fezes se acabou

a lâmina serviu para dar o principal caminho para as balas perdidas que refletidas em si despencavam bolinhas de sabão e saíam gotas cristalizadas de algodão doce




Thursday, September 18, 2008

A cidade tem cheiro de puteiro
O puteiro tem cheiro de banheiro
O banheiro tem cheiro de esgoto
O esgoto tem cheiro de morto
O morto tem cheiro de rato
O rato tem cheiro de mato
O mato tem cheiro de bosta
E mesmo assim todo mundo gosta

O pão tem cheiro de mofo
O mofo tem cheiro de patrão
O patrão tem cheiro de estado
O estado tem cheiro de ladrão
O ladrão tem cheiro de roubada
A roubada tem cheiro de privada
A privada tem cheiro de bosta
E mesmo assim todo mundo gosta

Todo mundo gosta da própria bosta

Tuesday, September 16, 2008

A GOTA SUSPENSA PELO MEDO.

A concha guarda em si segredos
E todo o mar do mundo
Cabe dentro dela

A garrafa jogada ao mar
Leva uma carta

A mensagem veio anexada
Com um vírus
Que não tinha cura

A concha A garrafa A mensagem
Estão para o mundo
Assim como os devaneios estão para os medos
Sempre contendo algum segredo alguma onda
Outra agonia

Por isso há que se ter cautela com a navegação parada
De uma vaga suspensa pelo fogo
No fogo dessa lareira que nunca se apaga

Sunday, September 14, 2008

EXPLOSÃO.

Há uma porção de fritas sobre a mesa
E há colesterol
Há um cigarro a fumar
E há a pressão alta
Tem umas pílulas azuis
Tudo pra estabilizar
Há uma voltagem a tomar
E um fio desencapado no chão
Há a coleira no cão
E uma volta no quarteirão
Só não há amor
Isto eu não sei o que é
Por isso vivo só e contente
Feliz com uma gengivite
Triste com uma dor
Que não dói na carne
Muita para uma alma
Pouca para um corpo

Friday, September 12, 2008

Bico de lacre.

Ana era um tesão. Mulher gostosa para homem nenhum botar defeito. Todo mundo na faculdade queria come-la. Não havia homem vivo que não fizesse reverência à beleza de Ana. Eu sempre gostei de mulheres que falassem algo de inteligente, pelo menos de hora em hora. Não cobrava uma mente brilhante o tempo todo: o que eu queria era um corpo brilhante como o de Ana. Possui-la seria algo muito especial com certeza.

Passei a sentar perto dela na sala de aula. Mas eu corava um pouco diante daquela mulher. Era tesuda. Linda demais para mim. Era tudo que eu queria; tanto que babo enquanto escrevo estas linhas mal traçadas. Além do tesão, fui construindo dentro de mim uma mulher maravilhosa: capaz de recitar Rimbaud de cor. Capaz de soletrar em alemão. Capaz de traduzir para o francês parte da obra de Joyce.

Ela só crescia em mim enquanto pessoa e enquanto mulher. Como pessoa mostrava-se militante da causa do mais pobres e como mulher estava cada vez mais maravilhosa em sua minissaia babante ao chão. Eu não agüentava mais o meu pênis e a minha cabeça. Meu corpo e minha mente estavam fascinados pela mulher maravilhosa chamada Ana.

- Ana qual è o seu nome?
Perguntei pra ela o nome dela que eu sabia. Que gafe. Vai me reduzir a esterco.
- Como sabe o meu nome?
- Todos sabem o seu nome.
- Todos?

A filha da putinha estava me dando mole. Vaca profana: toda mulher gostosa gosta de saber que é gostosa.

- Todos somos seu fã.
- E você vê: eu estou sem namorado há mais de um mês.

Não sei o que eu tenho, mas ela estava me dando mole. Enquanto falava gesticulava. Adoro mulheres que gesticulam. Elas passam uma verdade para a gente. Passa uma sensualidade toda própria. Adoro mulheres que sabem falar. Falar é primordial e Ana falava bem:

- Sabe, você fala tão bem!
- Quero ser professora de Português e escritora. Meu sonho sempre foi escrever um livro do tipo do Patavina Angústia.
- Patavina Angustia! – eu não conhecia porra nenhuma do Patavina – eu adoro Patavina – falei mentindo, óbvio.

E Ela ficou ali meia hora falando do Patavina Angústia e de como a linearidade discursiva poderia ser substituída pela tensão estrutural no texto do tal escritor. Fiquei gamado e nos dias que se seguiriam leria toda a obra do Patavina Angústia.

Era amigo de Ana. Um amigo distante e – com medo de ver o meu planejamento de aproximação – cair por terra, não fazia nada fora das dadas planejadas para que eu traçasse Ana ou não. Ana era tão gostosa que dei um prazo a mim de um ano para que comesse a mulher mais gostosa da faculdade, que eu saiba virgem indevassada ainda nas bocas das matildes da facu.

Fomos estudar junto o tal do Patavina na biblioteca quando ela pegou na minha mão. Havia uma barata andando perto da mesa e de sua bolsa. Eu tremi de medo. Se há uma coisa que detesto é barata, mas se eu mostrasse toda aquela minha porção viado a ela, meu deus! correria o risco de perder meu bem para sempre. Fui macho e matei a kafquiana. Ela, Ana me elevou momentaneamente a condição de herói grego e ainda bem que eu percebia que aquela mulher estava se afeiçoando a mim: porque estava chegando no final do meu prazo de varredura e eu não havia liquidado a promissória, sequer me aproximara dela. E o pior: estava apaixonado. Vivia o dia todo escrevendo Ana no caderno. Fazia balõezinhos com a palavra AMOR. Estava caído de amor. Quedado.

Passava horas a fio em busca de uma idéia salutar que me fizesse chegar a aproximação de minha deusa. Cantava aquela música; “Eu pensei em tanto pra dizer enquanto esperei pela chegada triunfal desta deusa”. Enquanto não a possuía maritalmente e enquanto ela não era a minha mulher e a mulher de meus filhos e a mulher mais perfeita quase a virgem Maria, eu me masturbava libidinosamente pensando em seu corpo. No que me falava. Na sua voz. Nas suas coxas. Na sua zona do agrião. Cheguei – de tanto descabelar o palhaço – a conviver com uma dor de cabeça tão forte que só vinha na hora em que o meu sexo tremia de amor mais sincero: a hora do gozo eufônico. Eu gozava recitando o soneto da fidelidade e minha vida era feliz.

Suficientemente perto do natal fui acometido de uma dor que me ofuscava a entranha, uma dor rimbauldiana mesmo: nós iríamos entrar de férias e resolvi partir com tudo antes que mais um fim de ano chegasse e eu ficasse a ver navios, ou melhor, a ler revistinhas do Hary Jone, a ver os filmes da coleção Sex Hot ou a fazer o plano total de aquisição da tv a cabo, só por causa dos quatro canais de sexo. Estava doido. Quicava dentro de mim. Era a última prova do ano. O tema da prova era Patavina Angústia. Pronto!

- Ana quer estudar o Patavina Angústia lá em casa?
- Tudo bem. Eu vou. Que horas?

Eu não acreditei. Ela iria. Ó Ana Júlia aahaahh ahhahhahahahha/Ó Ana Júlia ahahahahahahah”.

Preparei todo o ambiente da minha casa. Cheguei a chamar uma amiga decoradora – que tive de traçar por conta dos palpites que me deu – e decorei a casa com flores e fragrâncias florais. Botei um espelho no teto para dimensionar todos os ângulos do sexo selvagem que iria rolar. As tamancas vão quebrar, eu dizia a mim mesmo. Era que o meu pai dizia quando me levou pela primeira vez nas termas Santo Amaro.

Ting dong, tocou a campainha. Eu já estava puto de tanto esperar. Ela estava numa calça tão grudada que chegava a ver o âmago da sua xaninha. Meu pau logo endureceu. Eu era um garoto e tinha só vinte e poucos anos: o que potencializava a minha força sexual.

Ela era doce, meiga, bonita, gentil, delicada, bondosa e usava um Pierre Merdon: o melhor perfume do mundo. Sentamos e ela fez questão de ficar bem distante de mim. Li vinte e cinco páginas de um texto que havia feito sobre Patavina. Falei e falei. Dei aula do assunto. Dentro dela eu sentia que ela pensava: “COMO ESTE CARA SABE DE PATAVINA”.

Eu sabia de Patavina para caralho. Não gostava tanto do Patavina quanto da Rosecler Lisboa Prado de Almeida e Fragon, mas tudo pelo sexual.

Conversa vai e vem. A cada meia hora me aproximava vinte centímetros: o que deu no final de duas horas, uma quase coxa a coxa com Ana.

O tempo estava passando e o assunto se assuntando e se espargindo, indo pelo ar. Resolvi partir para o ataque. Botei minha mão sobre as coxas dela. Ana tirou as mãos. Toda a mulher recatada é mais gostosa. Depois de meia hora de tira e bota a mão pra lá e pra cá, eu resolvi parar tudo:

- Pára tudo!
- Por que?

Resolvi me declarar.

- O amor é o fogo que arde sem se ver.
- É ferida que dói e não sente.

Falei por meia hora e olhei por meia hora no azul piscina daqueles olhos e mergulhei na sua boca. Bingo. Vitória. Gol do Mengão no Maracanã.

Ficamos quinze dias saindo e levei dois meses para que fizéssemos amor. Eu não faço sexo. Eu só faço amor. Fizemos de tudo menos o tal do boquete: sexo oral. Ela alegou que exigia uma melhor “enturmação” com o meu ser e que um dia chegaria e nós faríamos o tal do boquete.

Eu estava amando e havia achado a deusa da minha vida e a mulher que iria guiar o meu carmanguia vermelho. A senhora do meu sono. A perfeita. A deusa. A formosa e a imaculada: Ana.

Passeávamos de mãos dadas na praia. Íamos ao cinema. Fizemos todo o roteiro de amor do Rio de Janeiro. Tudo vale a pena quando a pica não é pequena, dizia ela em seus momentos de maior aproximação... Só havia um problema: ela não fazia o boquete. Não chegava perto do Godofredo. Não beijava o bichinho.

- Um dia será o dia em que tudo se revelará e nós faremos sexo oral.


Aguardava este dia tanto que resolvi, pelo fato de ter encontrado a mulher de minha vida, a deusa de meus caminhos, resolver aquele problema com uma profissional. Aquilo não era traição. Era só uma fissura minha que estava aumentando e podia terminar prejudicando o amor da minha vida. Para o meu relacionamento não sucumbir em discussões de relação, procurei uma mulher no jornal. Eu era contra. Juro que sou um homem que preza o amor como algo superior. Não sou do tipo que só pensa em carne. A única carne que como é boi ralado. Com mulher eu faço amor. Desculpe meu bem, mas lá fui eu para a RAINHA DO BOQUETE, um antro de perdição mais conhecido como termas Copacabana.

- Quero conhecer a rainha do boquete. Falei a recepcionista que me olhava.

Pedi desculpas a Ana. O fiz internamente. O fiz por nós dois. Eu não iria beijar. Não iria fazer sexo. Eu não iria me prostituir às avessas e me entregar a luxuria. Era só uma chupadinha. Fui ao reservado e tirei a roupa enquanto pensava numa boca mecânica, numa dessas ordenhadoras de tetas de vaca automática. Eu estava fazendo aquilo pelo meu amor.

A barraca estava armada. O sangue pulsava. Só de pensar que o meu fetiche, algo que não fazia há muito tempo ia ser concretizado, me fazia babar.

Virei-me e fiquei de bunda para a porta e me olhando no espelho. A recepcionista chegou trazendo uma mulher à tira colo. Ela disse que a garota com o véu era a Rainha do Boquete.

Me aproximei. Olhei nos olhos dela e uma lágrima caiu. Tirei o véu e ela era Ana. Ana Júlia era a rainha do boquete. Meu pênis broxou na hora. Cai fulminado com um ataque cardíaco. Hoje me encontro no CTI sexual do céu. Fui condenado a viver de pau duro esperando Ana para consolidar meu desejo mais ulterior.

Tuesday, September 09, 2008

DEUS.

Sem mim não sou ninguém
Tenho um umbigo que só pensa em si
O nada só me comove
Quando se opõe ao tudo
Tudo que quero é ser eu
Ser tanto eu que suma de mim
Tão fartamente
Para existir em mais coisas
Para existir em tudo

Sunday, September 07, 2008

orquestra

som sob a estação
sobre
posição

sombra sobre sombra
orquestra
no ensaio de fellini
tomba

Thursday, September 04, 2008

VC.

Vc vai vivendo indo pronde não sabe
Vc vai com o bonde do abade
Vc e mais ninguém além de vc indo além
Vc não come o fim não corta a cena
Vc é de uma posteridade póstuma
Vc só cheira a uma vc q é igual
Vc quem sabe é bem pior do q pensei
Vc quem sabe sou eu também

Tuesday, September 02, 2008

 
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