VENDE-SE.


Guelras e silêncio. As formigas passeiam pelos peixes. Jonas e sua baleia estão expostos. À mostra toda a tradição. Estandartes nas mãos. Crianças começam a cantar o estribilho do hino nacional. As bandeiras se masturbam no vento. Poetas discutem complexidade do mundo sem complexidade. O hino é belo e a flâmula é verde e amarela. Eu só queria romper a bolha que me prende a esta casa e a estes metros quadrados. Eu iria à feira ver os peixes mortos. Sentir o odor fétido das sardinhas expostas. E não ler num blogue que tudo está a venda. Inclusive as cabeças dos líderes da oposição poética. Um a um decapitados por serem diferentes.

Monday, July 31, 2006


de Paulo de Toledo e Rodrigo de Souza Leão

Thursday, July 27, 2006



Uma Temporada nas Têmporas

lamina na goela estéril da minha criatividade toda lux luxuosa e rubra ruboriza aquele horizonte onde dante e algum demônio se dilacera numa verdade e alguma turbina de um avião cadaveriza o aerador fênix mordendo jorge de lima revirando na cova por ter citado o seu nome nesta nova trova embolada onde ponho todo o meu coração apodrecido por fezes e cactos e sêmen-lhantes que abominam alguns trocadalhos mesmo assim quem sabe me invento inventando um vento que turbine a alma daquela vela próspera em ignecer minha designição
- Eu surgi do nada e nunca fui ninguém. Queria perdoar meu pai mas ele não me pediu perdão.
Marx e Nietzsche conversavam sobre Zaratustra temendo que o fogo daquelas labaredas próximas destruísse o abismo que limita o fim e o início dele. Ele era Deus e se recompunha de uma fase onde as chamas foram fartas mas não fatais. Criar e Destruir. Aqui está a modernidade enforcada com seu próprio paradigma. Quem sabe um novo Deus virá?
Daniel B. E seu boné peludo com um pênis pediu para que Picasso acabasse logo de fazer o seu retrato.
Eu querendo ser James Joyce.
(marfim tristeza onde derrubam a profusão de idéias tolas que circundam o que todos esperam é que o ser seja o que todos são e iguais assim seremos animais também) Derrubem uma vaca e a defequem quando gozam. Os pássaros foram feitos para morrer voando.)
Triste hospício em que me visto em que me vasto em que insisto em devastar têmporas de verde e.
Um tablóide sensacionalista publicou uma foto da lady Diana dando um beijo na boca de um surrealista. Foi quando eu qualquer fuzilei um por um dos meus ídolos e ficou claro que teria que deixar de ser sensasurrealista.
James viu Joyce que viu Frederico que viu Nietzsche. Trocaram sorrisos e disseram que mesmo um beijo rápido que trocaram, não significava amor. Por que amor é Camões. É o fogo que arde sem se ver. Entre eles não havia nada além de poesia. Gostavam dos mesmos poetas e tinham certa erudição vulcânica: transbordante. Mesmo quando esporraram e cuspiram palavras cruzadas e bombas de efeito moral, se diziam pessoas tristes e inacabadas. Alan Kardec lhes havia dito que Nietzsche iria voltar. Daniel B. chorou como quem abandona o silêncio de uma rua da infância. Marx foi sarcástico e pediu que Sartre fosse crucificado. Picasso sorriu, sorriu tanto que ruiu feito um edifício explodido.
- Mas eu nunca li James Joyce.
- Eu também nunca li nenhum destes caros, mas se você complicar bem a coisa...
O olho esquerdo de Marcel Proust caiu de sua boca.
- Voltar! – gritou Nietzsche. Porra eu quero ir eu não quero voltar porra nenhuma.
Ouve-se Mozart num piano de cauda tão longo que o infinito daquele ponto de interrogação comeu o horizonte no peito do Charada.
- Quero Ac. Quero Ac.
Keruac surgiu com Freud. Freud disse:
- Esse povo quando quer zona quer a tempestade de um Amplictil. Ficam com
estes trocadilhos que não levam a literatura para lugar nenhum. Mas quem quer chegar a algum lugar e que lugar é este?
Assim todos esperavam sua vez de esperar.
Era o soma que estava em falta naquele inferno place. Motel vagabundo onde Elizabeth Bishop e Emily D. onde Breton e Piva onde Marlom Brando e Elvis se encontravam com Lou Reed, Yma Sumac e David Bowie.
(MANIFESTO QUALQUERISTA: artigo1) Quero qualquer coisa qualquer nota qualquer dia e odeio aveia Quaker. Desejo o que respiro. Respiro o que desejo. Cada um é livre e pode se dizer poeta da forma como quiser e se expressar como quiser e a palavra poetastro será banida do dicionário. Todo o poeta é um bom poeta e Jesus Cristo que ia julgar os vivos e os mortos ainda não apareceu para me coroar com uma flor carnívora. Além do fim do poço há muita possibilidade de haver uma areia movediça no quintal de sua depressão. Por isso tudo pode piorar. Para que o Qualquerismo seja implantado é forçosamente necessário que os dez primeiros inscritos no movimento façam uma antologia poética com Os Cem Piores Versos dos Cem melhores Poetas de Todos os Tempos. Assim veremos que ainda somos piores do que o que os piores dos melhores.)
to cansado de escrever e como ninguém vai ler:
lamina na goela estéril da minha criatividade toda lux luxuosa e rubra ruboriza aquele horizonte onde dante e algum demônio se dilacera numa verdade e alguma turbina de um avião cadaveriza o aerador fênix mordendo jorge de lima revirando na cova por ter citado o seu nome nesta nova trova embolala onde ponho todo o meu coração apodrecido por fezes e cactos e sêmen-lhantes que abominam alguns trocadalhos mesmo assim quem sabe me invento inventando um vento que turbine a alma daquela vela próspera em ignecer minha designição
ao invés de enrolar prefiro copiar e colar:
(marfim tristeza onde derrubam a profusão de idéias tolas que circundam o que todos esperam é que o ser seja o que todos são e iguais assim seremos animais também) Derrubem uma vaca e a defequem quando gozarem. Os pássaros foram feitos para morrer voando.)
OS PÁSSAROS FORAM FEITOS PARA MORRER VOANDO.
MANIFESTO QUALQUERISTA: artigo 2) Partindo do pressuposto de que tudo é tudo e nada é nada como nos dizia um dos dez maiores filósofos contemporâneos - o Tim Maia -, é que o pilar das patas bovinas do Qualquerismo deve ser fincado. Depois de uma antologia com “Os Piores”, é a hora de aliciarmos o maior número de adeptos a nossa causa. Para isso o departamento esportivo estará fornecendo a carteirinha de sócio-atleta aos dez primeiros que chegarem depois daqueles dez primeiros. Assim poderão todos os vinte freqüentar a piscina cheia de ratos da modernidade, e ouvir esta “chupação” extraída daquela música de Cazuza. Lembre-se que uma vez Qualquerista sempre Qualquerista. Todo o Qualquerista carregará um Q de (abrir o MINIDICIONÁRIO SACCONI DA LÍNGUA PORTUGUESA E LER DA PÁGINA 555 ATÉ A PÁGINA 662) dentro do coração e estudará apenas nos manuais da Disney. Aos jornalistas nada melhor do que o Manual do Peninha. Aos magos, como o nosso querido Paulo Coelho: o Manual da Maga Patalógica. Aos escoteiros: o Manual dos escoteiros. Ao Manuel: o Manual do Manual que é a bíblia de todo o Qualquerista.
Marx e Nietzsche conversavam sobre Zaratustra temendo que o fogo daquelas labaredas próximas destruísse o abismo que limita o fim e o início dele. Ele era Deus e se recompunha de uma fase onde as chamas foram fartas mas não fatais. Criar e Destruir. Aqui está a modernidade enforcada com seu próprio paradigma. Quem sabe um novo Deus virá?
Impávido Caetano Veloso é que não agüento mais. Ë muito espaço para uma pessoa só.
Pedem os piolhos que peidam. Pedem as algemas que prendem. Tudo quer e o querer e a vontade de ser é o que habita o instante que não se repete mais. Heráclito está no amarelado lago de Van Gogh. Heráclito pede uma orelha enquanto Dennis Hoper beija na nuca de Agripino de Paula.
Paulada.
Pau.
Pau grande de poder para embocetar-te de porrada.
OS PÁSSAROS FORAM FEITOS PARA MORRER VOANDO.
Pardal voando louco no infinito de uma boca sangrando sempre a procura de outra boca em que pardais que voam no escarro de Augusto dos Anjos que deve morrer como eu morri. Perdão meu pai é o que queria dizer mas meu pai não me pediu perdão e não me lê e não me quer mais agora aqui. É um pássaro dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um dentro de um pássaro e dentro de um pássaro e dentro de um pássaro: tal vôo só é possível se todos os pássaros se unirem.
Daniel B. Pergunta a Nietzsche:
- Por que você quer voltar?
- Eu não quero.
Daniel B. tira o seu boné e o seu rifle e atira no criador do seriado em que foi Daniel B. Daniel B. chora.
- Diga a ele que eu fico – disse Nietzsche.
- Posso ir então.
- Kardec quer que eu vá.
- Kardec não é Deus. Deus é o circular.
Havia um círculo redondo na palma da mão de Daniel B.
Ele continuou falando:
- Sabe quando a gente é pequenina como a ponta de um dedal e a gente acha que sabe tudo. A gente chega a juventude e acha que sabe tudo. A gente chega a idade madura e acha que sabe tudo. Por que a gente sempre acha que sabe tudo?
Nietzsche olhou bem naqueles olhos que eram ciclones e que diziam o que Daniel B. queria. Queria profundidade de um personagem de Marcel Proust. Ele queria ser Marcel. Daniel Boone não gostava de ser Daniel Boone e queria ser um abismo como foram aquelas outras almas tão torturadas mas que no fundo podiam ser miragens, palavras, canções, desertos, história em quadrinhos e mais uma pá de coisas e de cal sobre o assunto. Assim tudo ficou durante o tempo em que penso em algo e foi o suficiente para me perguntar; “por quê me metalinguo?” Assim surgiu:
(MANIFESTO QUALQUERISTA: artigo3) O Qualquerismo não é um movimento pois se pretende estático. O único movimento que pode se equiparar ao Qualquerismo em proposta é o MRU: Movimento Retilíneo Uniforme. Parar é andar para frente por mais contrário que possa isso parecer. Ócio total. Ócio parcial.Ócio ossal. Parar e olhar a natureza dentro de cada prédio negro além da vidraça. Parar para sentir a brisa do óleo que sobe. Parar e cintilar no corredor de ar entre o vazio que a cidade tem. Parar com o movimento por aqui pois devo mover-me, devo demover-me, isto eu acho.
populacho
prepopula
própopula
copio e colo:
- Eu surgi do nada e nunca fui ninguém. Queria perdoar meu pai, mas ele não me pediu perdão.
“Tornar-se pessoa. Thor nasce tornado. Tornar-se Tornado. Thor nasce Thor”.
Toni Tornado.
Nietzsche não queria o que Daniel Boone queria mas ambos eram populares em demasiado. Um tão gênio e o outro tão burro. Ambos bem pop. Um astro esquecido e idolatrado por milhões. Outro o filosofo da moda. O cara que fazia a cabeça de quem inventa de Quem I. De QI.
- Eu falo com Kardec que você quer ir em meu lugar e é você quem merece ser, o criador do Qualquerismo – disse N.
- Também acho. Mas será que este cara vai ser feliz?
- Um gênio!
- Então irei sofrer para caralho sabendo de que a inteligência não me ajudará de nada. Mas irei por que como Daniel Boone eu fui muito amado e quero sentir o que é o ódio.
- Saberá bem. Aprenderá tudo que eu disse e o pior é que você não porá em prática meus ensinamentos pois quem nasce para Daniel Boone nunca chega a Frederico. Nunca. Você viu o filme Traído pelo Desejo. Um escorpião é um escorpião.
Roberta Miranda cantava “Vá com Deus”. Kardec cochichou no ouvido de Nietzsche e Daniel Boone baixou em mim num centro espírita. Disse que iria ser, o criador do Qualquerismo. O movimento do eu sozinho. Disse para que eu fosse o meu movimento. Para que eu fosse fiel a ele e que o importante era se movimentar mesmo pedra.
Nasci. Os pássaros foram feitos para morrer voando. Mas nunca morrem assim.
lamina na goela estéril da minha criatividade toda lux luxuosa e rubra ruboriza aquele horizonte onde dante e algum demônio se dilacera numa verdade e alguma turbina de um avião cadaveriza o aerador fênix mordendo jorge de lima revirando na cova por ter citado o seu nome nesta nova trova embolada onde ponho todo o meu coração apodrecido por fezes e cactos e sêmen-lhantes que abominam alguns trocadalhos mesmo assim quem sabe me invento inventando um vento que turbine a alma daquela vela próspera em ignecer minha designição

Sunday, July 23, 2006

.o lince corre das listras vestindo meias coloridas.

Wednesday, July 19, 2006



SINDROME DO PÂNICO

A minha casa está doente. Como eu a minha casa tem 4 cômodos e 6 pernas. Ela vai de corpo em corpo procurando um lugar onde morar.

Como eu a minha casa é o melhor lugar do mundo para ser sozinho como sou.

Há palavras que não encontro para definir a minha casa.

Talvez a mais exata seja: asa.

Sunday, July 16, 2006



SOMANDO DIMINUINDO IGUALANDO

poeta + poeta = nada
poeta – poeta = nada
poeta = poema
poema = nada
poema + nada = poeta
poesia + nada = poema
poema + poesia = poeta
poema + poesia = João Cabral de Melo Neto
poema – poesia = este poema
poesia – poema = matemática
poesia = tudo

Thursday, July 13, 2006





1. Algum palhaço
apontou um revólver
e divulgou seu nome
ao matar um macaco

O macaco morreu
desconjurando
O palhaço ria
pela primeira vez

Tantos macacos
vieram para o enterro
dar pêsames às núpcias
do palhaço com a dor

2. A tromba do elefante
limpa banha molha
os animais menores

Tempestade e pi
po
ca
porque quando escrevo agora
tudo chora
E o barulho da chuva na janela
lembra o da pi
po
ca
na panela

E o elefante no circo
E os animais menores
lascivam estáticos
escrutam o trapézio

(a cadeira nas rodas do trapezista)

que quer vôo
mola motor motriz lágrima grinalda e véu
e vento
Chuva
molhando
o poema

Água daquele elefante branco
sem o nó na tromba

3. O transferidor se abre bailarina
em poucas cores
piruetas e montanhas russas
E os alvéolos avelãs
de delicados se esticam
na ponta dos dedos
Linha finita limítrofe elástica tensão máxima
Ou o poema:
dança nas ancas
dobras e dribles
corpo agulha
Penélope baila

Monday, July 10, 2006



O copo quebrou
e não foi preciso mais nada
além da voz de Yma Sumac

O copo quebrou
no agudo do passarinho
dentro dela

O copo quebrou
e os cacos ficaram no chão
para algum faquir sorrir dor

O copo quebrou
e toda criança sabe
que a boa água é a da bica

Thursday, July 06, 2006


Freud dizia que defecar é um prazer
e que todo mundo ama sua mãe

Eis que defequei um filho com barba
Onde foram parar minhas hemorróidas,
eu pergunto

Só uma puta poderia te parir, respondo
E vou pondo naftalina na latrina
do dia-a-dia

Para não apodrecer de mim mesmo

Tuesday, July 04, 2006

COPA DO MUNDO 5

Perdemos. Foi bem perdido. O Brasil vive um caos interno e eterno. É hora de nos irmanarmos para a construção de um país que seja realmente vencedor. Um Brasil sem tanta desigualdade. Sem tanto político corrupto. Tão rico e tão pobre. Que a derrota sirva para abrir os olhos do povo brasileiro que só se une em época de Copa do Mundo. Eu preferia não ser pentacampeão e ter um país melhor. É hora de reflexão. Vem eleição aí e é temos que votar bem. Precisamos de tanta melhora. Estamos numa eterna UTI. Tomo meu Haldol das seis horas. Estou triste porque a gente perdeu na única coisa que a gente é considerado bom. Temos que ser um país. Liberdade, igualdade e fraternidade. O Brasil se nutre do caos que gera.

OS TRÊS AZUÍS FRANCESES

AZUL MARINHO

Quase Negro noite além
Perto escarra maresias
Cais, caos, faraós e faróis

No Egito um homem
Veste azul marinho
E enfrenta as estrelas

Vasculha o céu deserto
De algum puçá
Que o Escorpião que sou

Galáxia impura
Inocula o veneno próprio
Do amor impróprio

Pela tempestade
Nas pernas do Oásis
Chovem suicidas

“Liberade, Liberdade
Abre as Asas sobre Nós”

AZUL TURQUEZA


Todos são iguais perante a lei
Mas há os mais iguais

Há os mais iguais perante deus
Há os mais iguais perante a lei

Pior que os mais iguais perante a lei
São tão iguais quanto os perante deus

Pelo menos no céu occipital do Ocidente
Onde se arrependendo no fim de Hordelin

Rimbaud cuspiu a hóstia sagrada


AZUL FINAL


No final todos
Os amigos e os inimigos
Se reúnem num churrasco

E comem a carne do Bisbo
E as sardinhas

No céu os fogos de artifício
Entram pelos orifícios negros

E um dia voltam
Caindo na noite de natal
Feito um colírio no plenilúnio

Laranja do Pequeno John

Saturday, July 01, 2006

 
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