Nasci morto
e fui jogado no lixo

Comi os restos
de mim mesmo

Cresci fraco
e pouco sei da vida

Algum dia
ainda ressuscito

Algum dia
ainda digo a mim mesmo:

eu existo

Tuesday, December 26, 2006

O camaleão passa pela soleira
Não vê que é um elefante
com suas presas
O elefante é branco
tal um homem albino
Eles olham pra trás
O camaleão que é elefante que é um homem albino
E ele vê suas pegadas
Outro leão quer por esporte
Feito homens
A caça
O leão quer o homem albino somente
Os outros são animais
Como a gente

Monday, December 11, 2006

ANORMAL

Norma a ser seguida e perseguida
Deve ser seguir a norma
Normal para todos os seres
Que a norma seja culta e não oculta
Que possa afastar qualquer indício
De ruído no discurso ou discursiva
E de facto no acto bem cuidado
Deve-se em deferência a linguagem
Tratá-la de divina Norma
Ou apenas como a Norma
Uma mulher como todas
Que está soltando um peido agora
E defecado no poema o quão sincero
É o seu avesso
Ou a aversão ao belo de um contexto
Digo a Norma finalmente
Deixe-me ser só mais um doente
Que não a teme como mãe

Wednesday, December 06, 2006

 
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