Quero uma boceta
Uma boceta vermelha

Onde eu possa enfiar
Até a minha sobrancelha

Quero uma boceta
Uma boceta azul

Pra eu pedir pra vc
Tomar no seu cu

Quero uma boceta
Uma boceta amarela

Que de tão chupada
Fique com minhas remelas

Quero uma boceta
Somente uma

Onde lá dentro
Meu eu suma

Tuesday, February 27, 2007

ermo

a lápide de soslaio olha-me
o mundo de soslaio me peida
o que não pode ser mundo, muda

muda a moda que agora sobe
escondendo as barrigas do ontem

hoje sou o que nunca quis ser
e o habitual é habitar o nada quando

ermo penso

Wednesday, February 21, 2007

ÀS VEZES

Às vezes eu tenho vontade de fumar e fumo. Às vezes eu tenho vontade de comer e como.
Às vezes eu tenho vontade de você e nada.

Nenhuma mão vem me acudir no pesadelo.

Existe um desfiladeiro entre mim e você. Existe um foguete espacial. Sondas e satélites e bombas.

Às vezes tenho vontade de morrer e cuspo pro alto para não sujar ninguém, só a mim. É quase a mesma coisa.

Todo o dia os mesmos remédios e a melancolia melando a cueca do dia a dia. Um certo cheiro de merda que me vicia. Aqui então tudo é todo o dia. Assim sempre.

Wednesday, February 14, 2007

A LEI DA INÉRCIA ou OS OLHOS DO FELINO DIANTE DA PRESA

tudo
tende
ao nada

nada
é como
tudo

tudo
tende
a ficar

a estar
como
surdo
mudo

tudo
está

sem
se
moviment
ar

Wednesday, February 07, 2007

IGUAL

Hospícios são lugares tão bonitos
Lembram os cemitérios

Remédios azuis são tão ingênuos
Lembram alguns internos

Há ladeiras e um grande degrau
E flores e gente e muita gente

Muita gente gritando comigo
Como se só eu pudesse ouvir

Todo aquele pedido de vida

Thursday, February 01, 2007

 
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