Quero uma boceta
Uma boceta vermelha
Onde eu possa enfiar
Até a minha sobrancelha
Quero uma boceta
Uma boceta azul
Pra eu pedir pra vc
Tomar no seu cu
Quero uma boceta
Uma boceta amarela
Que de tão chupada
Fique com minhas remelas
Quero uma boceta
Somente uma
Onde lá dentro
Meu eu suma
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 4:20 PM 2 comments
ermo
a lápide de soslaio olha-me
o mundo de soslaio me peida
o que não pode ser mundo, muda
muda a moda que agora sobe
escondendo as barrigas do ontem
hoje sou o que nunca quis ser
e o habitual é habitar o nada quando
ermo penso
Wednesday, February 21, 2007
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:17 AM 1 comments
ÀS VEZES
Às vezes eu tenho vontade de fumar e fumo. Às vezes eu tenho vontade de comer e como.
Às vezes eu tenho vontade de você e nada.
Nenhuma mão vem me acudir no pesadelo.
Existe um desfiladeiro entre mim e você. Existe um foguete espacial. Sondas e satélites e bombas.
Às vezes tenho vontade de morrer e cuspo pro alto para não sujar ninguém, só a mim. É quase a mesma coisa.
Todo o dia os mesmos remédios e a melancolia melando a cueca do dia a dia. Um certo cheiro de merda que me vicia. Aqui então tudo é todo o dia. Assim sempre.
Wednesday, February 14, 2007
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 7:00 AM 6 comments
A LEI DA INÉRCIA ou OS OLHOS DO FELINO DIANTE DA PRESA
tudo
tende
ao nada
nada
é como
tudo
tudo
tende
a ficar
a estar
como
surdo
mudo
tudo
está
sem
se
moviment
ar
Wednesday, February 07, 2007
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 7:09 AM 3 comments
IGUAL
Hospícios são lugares tão bonitos
Lembram os cemitérios
Remédios azuis são tão ingênuos
Lembram alguns internos
Há ladeiras e um grande degrau
E flores e gente e muita gente
Muita gente gritando comigo
Como se só eu pudesse ouvir
Todo aquele pedido de vida
Thursday, February 01, 2007
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 7:07 AM 3 comments