O infinito é tão lindo
que esquisito eu me sinto.
O infindo me aflige ao
saber que o que é lindo
também é findo e
tem o fim onde meu olhos
não podem tecer o horizonte:
olhos diante de minha fronte.
OLHOS.
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 6:47 PM 2 comments
A TORMENTA.
eviráoutro
atormentar
a tormenta
ele viverá
e enquanto
ator o for
atormentar
áááááááááá
Saturday, June 28, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 2:12 PM 1 comments
cabra macho pra chuchu
Papai do céu foi um homem
um homem como outro qualquer
por que será que um homem não pode virar mulher?
O infinito está sempre num outro dia
e assim a flor nasce depois de uma morte
dentro do peito onde o poeta é mais forte
Sei que não vou entrar apra a história com um poema como este, mas quero dizer que o poema quando deixa de nascer no poeta é como um abismo que cai. E a última coisa que cai. É o inferno que não quer mais seu fogo. Mesmo sendo eu um poetastro. É diferente de abandonar a poesia e o poema e partir para ser feirante ou motorista de táxi ou médico ou engenheiro ou advogado ou michê. Quando a poesia abandona o poeta resta a morte. Foi o que restou a mim que sou só uma mulher comum. Que amava uma mulher e um homem: o poema e a poesia. Que era uma mulher dentro de um homem e um homem dentro de uma mulher.
Friday, June 27, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 9:33 AM 1 comments
Thursday, June 26, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 9:48 AM 1 comments
A mente mente muito
Diz algo q o corpo não sente
A mente pode ser um ente
Uma estrela cadente
Ou algo que não sei dizer
Vivo em minha mente
Na sua não posso viver
Tuesday, June 24, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:19 PM 2 comments
O tempo é
o tempo.
Faz do tempo o tempo
enquanto tempo.
É alguma coisa: tempo:
o temporal de momento
alguma coisa que
só o tempo sabe
o que é.
A falta de tempo
esconde
o sim: o não: talvez.
De vez a falta de tempo
esconde
um monumento:
um castelo que derrama-
mento:
o seu si-
lêncio e o meu escondem
um sentimento.
Monday, June 23, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 7:13 PM 1 comments
Rimbaud comia Verlaine
Que comia Rimbaud
Eu li os dois
Sem comer ninguém
Alface era comida boa
Ela vestia verde
Eu comia vento
E colhia às vezes
Todos os garotos
Foram perdigotos
Perdidos em algum esgoto
Fiz dela meu coice
Meu coito
Saturday, June 21, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 7:23 PM 3 comments
OUTRO CALIBRE DE DEUS.
uma lente acende a folha
sob o sol
sobe o sol no Japão
entra aqui
no Brasil desce o sol
assim é
nasce e morre o sol
todo dia
como eu
Thursday, June 19, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 7:47 PM 2 comments
Plácido.
O sol plácido sob o ácido
de asfalto flácido:
estruturas que se formam
e bordejam o vento.
O vento eqüino de alguma crina.
Passeia sobre a menina:
enguias pélvicas.
Vive Elvis na sua nevoa.
Escuta a escuna na nuca
e um arrepio lhe come
o chão
e a bolha faz o cachorro
latir e engolir a explosão.
Wednesday, June 18, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:35 PM 2 comments
ONG.
Eu vou formar uma ong
Para jogar ping-pong
Com o neurônio de algum
Cérebro importante
Chutarei os miolos
De algum líder qualquer
Um desses caras que
Trata mal sua mulher
Trata mal os seus filhos
Trata mal o seu povo
E só se da bem
Quando tem alguém novo
Pra seguir suas ordens
Pra lhe dizer amém
Eu vou formar uma ong
Pra eu jogar ping-pong
Tuesday, June 17, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 9:01 AM 1 comments
ã.
ter possuir destru-
ir
rir prescindir par-
ir
são flechas equi-
nó-
cio(s)
estrobolábios e b-
oc
a(s)
a festa esta bomba-
ando
o sexo flui a-
roma
Sunday, June 15, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 7:41 PM 2 comments
HÍMEN. HOMEM.
O homem é só um pedaço de carne.
Aquele homem é só um hímen.
O hímen é só um pedaço de carne.
Aquele hímen é só um homem.
(Qualquer coisa dita além disso
pode ser simplificar o simples):
(Assim como esquecer de um hífen).
(O hífen é só um homem-hímen).
Saturday, June 14, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 6:48 PM 0 comments
pteroframes surgem
na imagem
logo se vê o fantasma.
e além disso
se dissolvem
os chuviscos
alguns seres
orgânicos que
me causam náusea
como o carrapato-azul
e a lampreia e
os vagalumes
com lâmpadas
na ponta de
suas bundas
piscam
estroboscópicas
mas os piores
são os homens com
monitores voltados
para o seu próprio cu
e o umbigo colado
no ego
sabendo que
todos acabaremos lá:
sete palmos abaixo
Thursday, June 12, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 7:29 PM 1 comments
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:24 PM 0 comments
de pérolas.
os porcos fartos ainda mastigam
e trituram ao vento
expandindo a distância
entre os beijantes casais corpulentos
perplexos
ficam os versos que o vento esculpe
nas encostas recalcitradas de macacos
e lesmas
caminham rapidamente
as tartarugas
tardam a morrer
quantos porcos matar
até encontrarmos as pérolas?
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 9:24 AM 1 comments
Aranhas e cavalos são sombras perpétuas. A minha sombra não fala de mim. Sequer posso vê-la. Na escuridão/com uma vela acesa/acendo minha mão.
Na imensidão do olho dela posso vê-la. Quem é? Quantos anos?
Tudo me devora até meu ápice e volta devagar como se o dragão que eu cavalgo cuspisse em mim cem mil bocetas azuis.
Monday, June 09, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:37 PM 1 comments
NOMES TROCADOS.
Peço uma linha de sentido
ao meu ser dividido
: entre o opúsculo e o
músculo que nasce másculo
dentro de sua válvula.
Aceito o inquieto retrato:
ela e sua sombra na parede
do quadrado. Ali onde os
mortos ficam pra sempre
vivos e enterrados.
Aqui onde nós tentamos
ter os nomes trocados.
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 7:46 AM 0 comments
MENOS UM POEMA.
algo que lhe faça
um vestígio de ventre
um ângulo entre as pernas
2.pra q números?
servem para mudar
de assunto e continuar
nele como se não fosse nada
3.detesto número
mas sinto vontade de
numerar um poema errado
(este poema é um erro inevitável)
4.está na hora
de o programa terminar
Mickey Mouse vai partir e
a verdade está toda fora do poema
Saturday, June 07, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 7:22 PM 0 comments
MY ONLY FRIEND: THE END.
Friday, June 06, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 7:23 PM 2 comments
Thursday, June 05, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:45 PM 2 comments
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:18 PM 0 comments
Carie.
Dentro de mim há algo podre
algo
algas verdes que flutuam
na química cerebral
Alguma coisa estranha nisso tudo
como um dente com chip
que a CIA colocou
Aquela dentista era minha amiga
era
e hoje ela me telefonou
Disse coisas com sentido
q a vida era um perigo
era
e isso eu já sabia
O que ela não me disse foi o q me deixou triste
Não disse que eu estava podre
Mas sei tudo isso tão bem
q não acredito em mim
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:44 AM 1 comments
Gostaria que existisse
a pílula
anti-paranóia
Assim eu estaria
curado
Seria a Glória
Tuesday, June 03, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 9:50 AM 0 comments
ANTIPENSAMENTO.
Monday, June 02, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:15 AM 1 comments
PIERROT

Olhos que choram uma inexistência
Punhado de confetes e serpentinas azuis
O carnaval tem cores de felicidade curta
Escuta-se um berro uníssono canto
Sobrancelhas verdes de quem já foi um et
Aqui ali borrões que podem ser tristeza
Um sobrevivente triste feito uma pilastra
Uma tela em branco seria tão expressiva
que a formiga motorizada dirige o ocaso
Tudo flutua no limite de cada cor inacabada
Sunday, June 01, 2008
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:37 AM 0 comments