poema

prenhe de poesia
cataplasma

catapulta o poeta
sampleador

da rima

nasce o poema
e a armadilha

e dentro do alçapão
a poesia

busca o poeta
e é só sutura

aquilo q está
de armadura

pronto pra lutar
e lapidar

o verso e o vaso
e a veia

até escultura

Monday, April 30, 2007

sonoro fim das estalactites
que em brisa brigam de ceifar
que ejaculando para dentro
explodem-se de uma antiluz

ó antiluz que navega o fim
de alguma bruma divisora
divisória do que taquigrafia
alguém algum dia orquideou

de dia na visão simplória
do afago da lua para besta
delineou seus olhos sol
e algum batuque sincopado

da água com a plêiade vária
é vero que produza vagas

Tuesday, April 24, 2007

GOSMA

gosma de silêncio: nóia
ficar mastigando um palito de fósforo
procurando em si uma respiração

encontrando o próprio bafo
na ponta do nariz alheio

ser a melhor parte do bolo
o recheio

Thursday, April 19, 2007

TANTO BATE ATÉ QUE ÁGUA

A gota
Guarda
Um guarda

Dentro dela
Cacetetes
E porrada

Quando ela
Explode na testa
O corpo
Todo
Sente
Que seria melhor que ele
Fosse feito de água
Também
(o que às vezes acaba
acontecendo)

Thursday, April 12, 2007

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Friday, April 06, 2007

ECLIPSE - PARTE DO HOMOCHIP

1
engoli um chip
um eletrodo
engoli-o todo

hoje não cuspo
bolas de sabão

hoje só cuspo
o que tem no chão

no chão do chip
no chão do eclipse

tal língua de iguana
ou de camaleão

(que é como se chama
o novo vírus que com o chip
eu engoli)

engoli o sistema
cuspo algemas

sem reticências
pra não prolongar

a eternidade
que é estar num chip



2
pra sempre é só
até a morte

pra sempre só
além do depois

algum sentido
procuro na avaria

haveria algum
dilema maior?


3
cintilam cintilantes tropas de sargaços
creme com amêndoas no pudim
as amêndoas me lembram o chip
aquele que eu um dia engoli

como viver sabendo que alguém
é quem manda em mim?
e que só sou eu por alguns instantes
quando não penso que engoli o chip

por isso o fato de ter engolido um chip
pouco importa se é verdade ou não
o que importa é que sou uma rosa
e tenho no talo um chip em botão

e o que faz vou sabendo na medida
em que vai fazendo suas monstruosidades
são sempre coisas que eu quis mas nunca
tive coragem de fazer por dor ou dó


4
por dor ou dó
ou por pudor

pouco se faz
muito se rói

quanto osso
quanto ofício

quanto buraco
sem precipício


5
em mim cio
do contrabando de mim

ao caos

da canção caliente goma
se enrasca no aroma

e conta e assoma que ser
é muito mais não ser

por isso se morto agora
ou se na hora do desuso

pouco importa de estou
vivo ou se uso os dez

por certo uso de minha
neuronicidade vã

Tuesday, April 03, 2007

 
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