SYLVIA.

Um poema de amor
Que não fala disso

Um amor diferente
Que entristece de felicidade

Por que tantos poemas
Se todos já disseram

Que só o amor
Conhece o que é verdade

Saturday, May 30, 2009

1 Comment:

Victor Colonna said...

Rodrigo,

Lindo esse poema!Parabéns pelo seu blog. Sou poeta e criei um blog de crônicas e poemas pra divulgar meu trabalho. Se puder, dê uma passada por lá. Grande abraço!


SUJEITO OCULTO (Victor Colonna)



O problema são as conjunções desconjuntadas
As interjeições rejeitadas
Os adjetivos desajeitados
Os substantivos sem substância
As relações de deselegância entre as palavras.

É preciso superar o superlativo:
O absoluto sintético
E o analítico.
Achar o verso
Entre o verbo epilético
E o pronome sifilítico.

Falta definir o artigo inoxidável
O numeral incontável, impagável.

Resta procurar o objeto direto
Situar o particípio passado
E o pretérito mais-que-perfeito

Desvendar a rima
Desnudar a palavra
Encontrar o predicado
E revelar o sujeito.



CURTO-CIRCUITO (Victor Colonna)


De repente eu paro e olho: é ele!
E desengato marcha-a-ré crescente
Meu rosto fica roxo, vermelho
E desamarra-se o elo da corrente.

Curto-circuito, incêndio, tragédia!
E meu cabelo arrepiado espeta
E meu pulso desencapado te choca
E meu corpo endiabrado, capeta.

E meu peito pega fogo: vida
Um calor que se desprende e solta
Amor é caminho longo: é ida
É só ida. Não tem volta.

 
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