CARTA DO CRÍTICO HILDEBERTO BARBOSA FILHO.

CARTA DE HILDEBERTO BARBOSA FILHO.

Comarca das Pedras, 17 de fevereiro de 2009.

Prezado Rodrigo:

Grato por todos os cachorros são azuis. A propósito, que belo título! Não o li assim que Sérgio Castro Pinto me entregou. Afazeres múltiplos me retardaram a leitura. Mas agora que devorei literalmente de uma pitada só, digo-lhe que fui quase a nocaute com sua prosa iluminada e estonteante. Eu, que sou obsessivamente louco por gêneros intimistas (Maura, Lúcio, Villaça, Amiel, Torga e tantos outros) me ative, com atenção, ao seu texto ousado, corajoso, sobretudo poético. Numa circunstância histórica como a nossa, onde se cristalizam o “império do efêmero” e a era do vazio”, textos desse tipo trazem uma aura de resistência contra a vulgaridade massiva dos bárbaros pós-modernos. É preciso, sim, “sair por aí com Rimbaud e Baudelaire”. Sair por aí tocado pelos sonhos proféticos e pelo êxtase dos devaneios. Seu romance me parece um convite direto a uma intensa experiência de iluminação. Sem mais, meu abraço.


HBF

Thursday, February 26, 2009

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