Diário de um louco cuja loucura não contamina a estrutura narrativa, toda ela sã, saudável, vendendo saúde ao leitor que a lê freneticamente, numa espécie de surto ante as peripécias de um enredo caoticamente construído. Sim, caoticamente construído, pois “Todos os cachorros são azuis”, de Rodrigo de Souza Leão, é um texto lúcido, bem elaborado, impregnado, aqui e acolá, do “(...) lirismo dos loucos”, do “lirismo dos bêbados”, do “lirismo difícil e pungente dos bêbedos”, do “lirismo dos clowns de Shakespeare”.
Sérgio de Castro Pinto
Sérgio de Castro Pinto
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