grades me saúdam
panteras negras
ou tigres prata
na lata dentadura
amigos sem amigos
beijos sem saliva
coito interrompido
lombriga nasais
tudo se deforma
exalando deformação
o caldo entorna
galinha e feijão
no almoço amassado
pitadas de quiabo
cascas de maçã
no prato da lucidez
enguias radiofônicas
ternos de xadrez
dante e seu inferno
rimbaud e a sua viuvez
a ré (volta).
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 5:41 AM
3 Comments:
falou no Rimbaud
já agradou,
o inferno é com ele mesmo,
você e eu,
coadjuvantes
Pura porrada, Rodrigo. Poesia pauleira...
E quem disse que eu me considero neobarroco? hahaha... eu fujo dos rótulos. Quando Amador Ribeiro Neto me fez esta "acusação no último livro", tratei logo de mudar radicalmente. Pode ver, Texto sentido nada tem a ver com sem Meias Palavras.
Olha o que Amador falou:
"Lau é neobarroco na condensação de significantes que explodem numa cadeia de dissimulações de sentimentos universais, sempre anunciados e adiados. Por isto mesmo este livro faz jus ao chamado de semear palavras. Não idéias. Palavras. A palavra é a matéria de Lau. Objeto de deleite erótico, minimal e neobarroco."
rsrsrs
Mas, Texto Sentido está a salvo. rsrsrs... beiuncadierinha, nada tenho contra o meobarroco, só não sou.
abraços repartidos...
Lau
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