ESGRIMANDO COMIGO

1
O sol-reflexo sobe pela latrina

Qualquer vulcão sabe
Do perigo que é o fogo

O fogo é o sol
Que gira em torno de si
E a si consome

2
Quando eu sento e paro para olhar
O que vejo é o amarelo em minhas mãos de cigarro
O que não vejo não me importa
Só uma vez ou outra
Quando
Aciono minhas espadas

Por isso queimo por dentro
Todos os carvões de minha locomotiva
E chego tão próximo do toque
Que me afasto

São mais de quarenta anos perseguindo quem sou

Sunday, October 07, 2007

3 Comments:

Anonymous said...

lâminas afiadas, fogo dionísiaco dos deuses da poesia dentro de você.

abraço.

Anonymous said...

tudo sobe e desce pela latrina, apenas a sua bela poesia flutua acima de tudo
abraço

myra said...

gostei imensamente desta poesia1
um abraço, myra

 
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