AUSÊN&CIA.

Eu falto de mim alguns dias
Não vou a encontros marcados
Em certos horários
Estou tão ocupado comigo
Que sinto de mim uma falta
Sou eu mesmo quem me mata

Desato o nó da gravata
E deixo assim habitado
Meu mundo cheio de abismos
Flutuando no limbo saudável
De mais uma nova cura
Pois quando não estou em mim
É que sinto a sua falta
Sei que a miragem flutua
Na minha alma
Quando passa a ser tua

Tuesday, March 11, 2008

3 Comments:

Anonymous said...

ausência de nos mesmos
é pausa no sofrimento
é descanso da mente

amor é miragem
aparece e desaparece
nossa alma padece

Anonymous said...

lindo

Anonymous said...

nossa, Rodrigo,
redondo, redondo, uma redondilha de todas as pílulas.

gostei muito.
pra mim o poema podia parar e abismos e ficar pendendo, nesse verso.
bom mesmo.
[nara]

 
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