A cidade tem cheiro de puteiro
O puteiro tem cheiro de banheiro
O banheiro tem cheiro de esgoto
O esgoto tem cheiro de morto
O morto tem cheiro de rato
O rato tem cheiro de mato
O mato tem cheiro de bosta
E mesmo assim todo mundo gosta

O pão tem cheiro de mofo
O mofo tem cheiro de patrão
O patrão tem cheiro de estado
O estado tem cheiro de ladrão
O ladrão tem cheiro de roubada
A roubada tem cheiro de privada
A privada tem cheiro de bosta
E mesmo assim todo mundo gosta

Todo mundo gosta da própria bosta

Tuesday, September 16, 2008

3 Comments:

Gabriella Mendes said...
This comment has been removed by the author.
Gabriella Mendes said...

Eis a natureza humana, como não poderia deixar de ser.

Gostei bastante dos teus textos. Virei te visitar mais vezes.

http://datilografia.blogspot.com

enten katsudatsu said...

Poema dos bons Digão.

Abração

Cássio Amaral.

 
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