Os anjos estão dispostos a nos ajudar
É meia–noite e eu me divido em três
Sou o cavalo branco diante do abismo
E o morcego que vê na escuridão
E a esfinge que baba sêmen
Alguns corvos estão a nos olhar
O nosso longo beijo de compreensão
E a morte tão próxima quanto o medo
De que um anjo vire uma verdade suspensa
E assim se enforque com a própria luz
E um anjo enforcado é mais um aviso
De que a voz que escuto em mim
Continuará a pedir ajuda a todos
Haverá então o encontro das trevas com a noite
E eu ouvirei outras vozes além daquela
Que dirão que tudo está no início
E o universo ainda não copulou com a terra
E o dia que isto acontecer
Será o início de uma nova era
Será noite de dia e de noite
E os zumbis jogarão xadrez com o resto
De corpos mutilados
E o fogo inundará as pradarias
Aí os loucos estarão todos livres
Por que todos estarão loucos
ESTRELAS.
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:24 AM
2 Comments:
puxa... há tempos eu não via poemas assim...
e foi muito bom ver!
Parabéns!
Tem coisa nova no Falópio!
http://versosdefalopio.blogspot.com/
Aparece por lá!
Um beijO!
Um dos seus melhores poemas, a leitura nada conta, nada pinta, não faz cantar nem chorar,
mas diabos, como a gente sente e entende
abraço
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