Nasci morto
e fui jogado no lixo
Comi os restos
de mim mesmo
Cresci fraco
e pouco sei da vida
Algum dia
ainda ressuscito
Algum dia
ainda digo a mim mesmo:
eu existo
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 1:06 PM 2 comments
O camaleão passa pela soleira
Não vê que é um elefante
com suas presas
O elefante é branco
tal um homem albino
Eles olham pra trás
O camaleão que é elefante que é um homem albino
E ele vê suas pegadas
Outro leão quer por esporte
Feito homens
A caça
O leão quer o homem albino somente
Os outros são animais
Como a gente
Monday, December 11, 2006
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:27 AM 2 comments
ANORMAL
Norma a ser seguida e perseguida
Deve ser seguir a norma
Normal para todos os seres
Que a norma seja culta e não oculta
Que possa afastar qualquer indício
De ruído no discurso ou discursiva
E de facto no acto bem cuidado
Deve-se em deferência a linguagem
Tratá-la de divina Norma
Ou apenas como a Norma
Uma mulher como todas
Que está soltando um peido agora
E defecado no poema o quão sincero
É o seu avesso
Ou a aversão ao belo de um contexto
Digo a Norma finalmente
Deixe-me ser só mais um doente
Que não a teme como mãe
Wednesday, December 06, 2006
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 7:33 AM 1 comments