a mosca
a mosca é foda
antípoda: poda
voa na neurose
no soslaio de tempo
a mosca oblíqua pousa
numa banana
a mosca é fétida
como o sentimento da asa
que centímetro se fecha
milimetro se abre
no ziper do poema
britadeira no ouvido
arrepio
a mosca é um rio
que cospe glandes
e girassóis
a mosca está em nós
ou estará no rosto absorto
do morto
contrito, duro
naquele escuro que só vôo
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 1:50 PM
4 Comments:
O poeta
é um pássaro
que voa
por pântanos escuros
em busca da palavra.
rodrigo,muito bom como todos de sempre!
Cara, este está incrível! Que poema, que poema!!!
Sds
tão bom que vou colocar no meu blog
www.aliasrevista.net
beijos
tão bom que vou colocar no meu blog
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beijos
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