POMBOS NA PRAÇA DA LOUCURA.

Psiquiatra sempre quer dar um remédio
E acha que cura

Psicólogo sempre quer bater um papo
E acha que cura

Quando a cura
Não existe para a loucura

O que o louco tem é que fazer
É conviver com um freezer

E com um micro ondas
Com um mundo cor de rosa

E com uma negra bomba
Quem saiba um dia pomba

Bata asas e voe
Toda a minha loucura numa revoada

Wednesday, April 30, 2008

espaço.

azul-crinado
o cavalo de caos
escapa às rédeas

azucrinado
o homem de prata
come o nada

assim quase-juntos
o nada e o caos
nadam

sob o assoalho
negro de estrelas
o crepom de abismo

invade a sala

o sol sem nuvens
tele-transporta uma orquídea

quem receberá esta flor de vento?

vênus?

Tuesday, April 29, 2008

A VELHA.

a mulher olha o parque
a mulher olha a menina

a menina no balanço
no balanço, a menina

a mulher se aproxima
e o que vê é uma velha

era ela quando menina
no balanço da memória

Monday, April 28, 2008

INTERNO RETORNO.

INTERNO RETORNO.


Eu ando em círculos e paro:
às vezes na metade do círculo.

O círculo é só um movimento
e o movimento é uma onda.

O círculo. O movimento. A onda.
São todos tão redondos assim

como quase um ovo que nunca
consegui colombar em pé.

Colombo é um nome cheio e redondo.
Desses que circula em círculos.

Desses que o mar traz para descobrir:
o movimento o Círculo a onda.

Tudo que faço é mesmo circular:
um ponto qualquer no infinito.

Um ponto também é um círculo.
Tudo é círculo, onda e mar.

Apenas alguma sarda que tinha
não era totalmente redonda.

Por que um círculo precisa
de um compasso? A Terra

nua no espaço é onda é mar
é círculo: sou eu no meu cubículo.

Sunday, April 27, 2008

AINDA ONTEM.

Havia um louco
No século passado
Que via dois sóis
E se curou lendo Rousseau

Quando fecho os olhos vejo muitos sóis

Quantos sóis há em nós
Quantos livros pra ler
Quando a cura virá?

Saturday, April 26, 2008

PROUST ELA.

Flores flandres flocos
andam pelos flancos.

Sua forma redonda e
árida: aguarda qualquer

quietude. Aquela França
que não tenho: é sempre

o seu local: sua paisagem
reflete em mim sua língua

gen.

Friday, April 25, 2008

CONFIDENCIAL.

Tenho um segredo que ninguém conta
Nem eu sei

Thursday, April 24, 2008

tremula o sol

a humanidade é tão velha que quase
escondo a minha face
ao olhar no espelho de minha consciência
os meus atos falhos

a humanidade em mim é menos velha
quando percebo agindo de novo
dentro do corvo que devora espantalhos vários
e estou aqui formatando mais um hd mental

e limpando de minha mente uma quantidade
enorme de vírus
que eu poderia até ser mais uma estátua
de braços abertos para o mundo
ou de tocha petrificada e acessa na eternidade
de um país que dominará eternamente
o que nunca foi dominado

no parque bancos voam em círculos
e minha avó compra um picolé de sangue
abortam formigas suas carapaças protetoras
as crianças estão deitadas
e é tudo mais uma simulação do exército para caso guerra
nasça dali
entre os coqueiros
os únicos que restaram em ipanema
onde foi arpoador
onde as pedras retiniam as ondas que eu furava feito baioneta
e surfava no caos do meio-dia
era tudo brincadeira

sapatos na parede de meu quarto
grudados para que eu possa andar pelas paredes
silêncio na silueta dos retratos
retardados em fila os soldados
recalcitarando sua vontade de dopaminas
cada vez mais induzidas
e menos fabricadas pelos orgãos vitais

pão vick bold mofado e verde musgo na geladeira
será que existe vida naquela cápsula de complexo b?
garrafas de mineirinho espalhadas entre os baseados
e uniformes esportivos
uma meia fedorenta exalando necrotérios vários

e eu deitado lendo gibi
e eu ligado na cnn
e globo e você
e de repente um silêncio misterioso relembra o meteoro
que eu não vi
a bomba que eu não vi
as estrelas que eu não vi
e só ouvi pela boca dos velhos que me disseram
pela boca dos livros que escarraram no meu ouvido aquela anti-paz

tudo que eu não vi serve para eu não ver mais?
ou eu ainda quero aprender mais com os meus erros?
ora quem sou eu neste planeta tão belo e com poetas tão velhos e ilustres
capazes de falar várias línguas e inclusive latir?
ou ainda é necessário que eu me chame ramister
e espere num laboratório
a hora do ofertório
em minha missa de sétimo dia

todo mundo que foi para a cama comigo
reclamou que demorei a gozar
e eu não posso reclamar
da velha bandeira branca amor que está sempre esfacelada
dilacerada
e fora de lugar

enquanto o silencio era feito de uma certa neblina
de uma costura de porta aberta
de olhos que abanavam o ocaso
piscando seus cílios como leques estroboscópicos
epileticamente amorzinho
ardendo até o princípio da ignição de um gozo
de uma anti-míssil direcionado a tremular
as entranhas de alguns móbiles
que guardavam minha infância de criança

e eu fui justamente neste dia
me entregar a nilza
para que naquele jardim de casa
em meio aos playmobils e seus mamilos
arrancar alguns discos voadores
de suas ancas
e decalcar a manchete da primeira lua
que o homem nunca foi
(é o que acreditam aqui)
quando as escamas do peixe brigam com o lago
para ver quem brilha mais
no trêmulo e eterno sol do dia eterno
balanços da memória

Wednesday, April 23, 2008

a imobilidade diante dos fogos.

parado, o silêncio me confunde
imóvel, teu laço de amizade
toda a mobilidade parada ainda

só pra te ouvir soltar cachorros
e engolir toda a pólvora de luz
cuspir o nosso amor em fogos

Tuesday, April 22, 2008

DOIS POEMAS CURTINHOS.

selinho

a
boca
que
ousa
na
boca
que
usa


flores peladas

juntos
defuntos
de húmus
em húmus
flores
e abelhas
e rimbaud
e suas moscas
toscas
roscas
em amarelo
e cinza
ela
e sua pinta
na nuca
flutua
no nunca

Monday, April 21, 2008

crepúsculo.

quando ermo penso
quando cheio grito
quando azul estrela
quando triste choro
quando medo explodo
quando amor vermelho
quando setembro negro
quando verão inverno
quando sim não
quando não talvez
quando pensamento
sei que só instantes
fazem o monumento

Sunday, April 20, 2008

Ana Conda.

Ele tinha a pica maior do mundo.
Era uma jeba de 3 metros que o sufocou até a morte.

Saturday, April 19, 2008

SEXO.

silêncio: o lexotam vem vindo
cuidado que a calma vem vindo
e o que vem vindo vai indo
enquanto nós estamos sorrindo

tudo está tão inerte no deserto
como se tudo fosse de concreto
duro como meu pênis ereto
comandado por alguém discreto

discreta diria eu melhor agora
por que prefiro uma forma sonora?
alguma mulher que me implora

outra gentileza na genitália
vendo o cair de uma mortalha
e as moscas com seus olhos-navalha

vão cortando a carne da morte
daquele ser humano de sorte
que não vive mais por esporte
e cavalga no mesmo trote

como se fosse um cavalo eunuco
que não pode controlar o oco
durante horas falará bem rouco
buscando a paz e seu caroço

alguém então dirá durma silêncio
na eternidade de um incenso
no ritual sagrado eu bem que penso

em fazer amor com este cadáver
e depois de tudo pôr um revolver
na minha cabeça e a tudo resolver

Friday, April 18, 2008

ESTAREI LÁ?


Saiu a Inimigo Rumor 20. Tem um fragmento de Todos os Cachorros são Azuis na revista. O lançamento será no dia 26, na livraria Beringela. Estou preparando o Rivotril para ir. Será?

Thursday, April 17, 2008

clarice chopin.

o infinito se inflama no crepúsculo
aos poucos a tempestade vem entupindo as artérias
de trovões elétricos
e papagaios derreiam o vento de fim de tarde

me chamo tempestade
e o cinza que irei derramar se chama nuvem
e a lágrima que irei esculpir nos telhados
se chama chuva

alguns dias são tão parecidos como hoje
que quase navego na exclamação que provoca em mim
de tanto me exclamar e declamar e declarar minha paixão pelo silêncio
e a nova porta que se fecha
para decupar o declínio de hades em mim

em mim resta a tempestade
a que sou algema que silencia o filho anti-pródigo
que vai para a prisão de seu eu
sem levar as chaves que o prendem
ao pai, a mãe, a irmã, ao irmão
e a todos que sobreviverão
ao dilúvio que virá depois da tempestade

a tempestade é só um escada para o infinito
é só um ramo no bico da pomba branca
é só uma bomba atômica explodindo todo dia dentro do quintal

e toda a vez que explode
colore o horizonte com novos fantasmas
monges que se vestem de branco
e assinam o atestado de óbito daquele que queima
seu fim na ponta de uma agulha de vagonite
costurando o aborto na manta de penélope
desfazendo os sapatinhos do neném

alguém um dia lembrará
que os irmãos marxs só fizeram catapultar
e quem vôo foi mesmo santos dummont

e que claudio manuel da costa era maior mesmo de joelhos
do que o teto onde dizem que plantou uma forca

e que gaudino não queimou por brincadeira

algum dia como este dia que se chama tempestade
trará de súbito
uma tara pela vida

transaremos na chuva infinita de nossas salivas
esbugalhadas em olhos perdidos
e brincaremos de autorama
eu e meu filho e eu e meu pai

ah, são marcelo
como pode dar sua vida por outro homem?
como pode, por ouvir vozes
construir em si algo tão perfeito
como uma catedral de espelhos que não se refletiam
mas refletiam todo o amor que tinha para com o outro

ah, são marcelo
por que deus não vive em mim assim?

algum dia como este dia em que a tempestade se encolheu
agora quase às três da tarde
recolhi os cacos de minha existência
e tentei construir um poema
envolto no oitavo cigarro
no sexto andar
no milhão de madalas turvas
que formam o contorno do meu rosto
dissipando-se nas trevas de um acorde menor
nas grandes grades mãos da divina deusa

que me interrompe no piano de caudas do vestido de clarice
chopin

Wednesday, April 16, 2008

TELA & CIA.



as unhas na nuca

as unhas na nuca de mim
de mim nuca caduca

desejo que me talhe
picotando todo o desejo

papel picado lá fora
neve na bruma do cabelo

desgrenhando todo o em si
que eu fui um dia meu

Tuesday, April 15, 2008

Porrada.

é muito fácil inventar um futuro
basta olhar um murro

Monday, April 14, 2008

PISCINA AQUI DO PRÉDIO.

Todo mundo sabe tudo
Quem não sabe
nada

Saturday, April 12, 2008

1 Litro de Loucura, 500 Gramas de Razão.

Venho me perguntando por que de poeta e louco todos temos um pouco. Será mesmo? O que faz a poesia e a loucura figurarem no adágio de forma paralela?

O que é poesia e o que é a loucura? O paralelismo pode residir na manifestação discursiva de cada uma. Como a primeira lida com metáforas e linguagem conotativa, é fácil pensar que existe uma dose de loucura na poesia. Não acredito no vice-versa, na loucura discursiva de um texto. Toda narrativa que se auto-define louca já tem a razão em si. Portanto, não que seja impossível, mas para um louco é muito difícil fazer poesia, apesar de discursivamente estar despejando linguagem conotativa e metáfora full time.

Quando um poeta como Junqueira Freire diz: "Beijar-te a voz que soltas / Beijar-te a luz que visas", fica claro que ele não está falando em verdadeiramente beijar a voz ou a luz, a menos que fosse um louco, no hospício. O poeta emprega a linguagem conotativa, a qual a poesia está vinculada. Assim, podemos dizer que a poesia, se tem um parentesco com a loucura, é devido a este elo. Loucos também fazem uso desta forma de linguagem para se expressar. Só que para o doente, esta é a forma de se comunicar. Ele não a vê como objeto artístico. Já o poeta parece ser o ordenador da loucura.

Taí. O poeta destila no papel o possível e o impossível, o real e o imaginário, o seu eu, e, mesmo perdendo por momentos a razão, para fazer poesia é necessário ainda outros requisitos. Outros temperos para o molho poético. O interessante é notar que, desde Homero, tenta-se apreender o conceito de poesia. Alguém já conseguiu? O paradigma da poesia não é mutável, mas cada estilo de época acrescenta ou retira aspectos da linguagem. Quanto à loucura, nenhum tratamento consegue dar cabo desta afecção.

Poesia, segundo Hênio Tavares, é a linguagem de conteúdo lírico ou emotivo, escrito em verso ou em prosa. Ora, é essencial certa ordenação para se escrever um poema. Por isso, quando defendem a hipótese de que loucura e poesia são parentes parece-me tratar-se da loucura relativa, usando o termo popularmente. Mas e os grandes poetas loucos? Eles poderiam estar loucos todo o tempo, menos quando escreviam. Para a atividade escrita é preciso muita concentração, dedicação, raciocínio... coisa que, em surto, é impossível.

O que existe é uma glamorização da loucura. Há quem ache bonito ser doidão. Estar doidão com batida de limão. Loucura não é isso. Definitivamente, não é felicidade. Mas podem a loucura e a poesia andar de mãos dadas? Pode a poesia auxiliar em tratamentos? Sim, pode-se muito com arte. A arte redime o homem, eleva-o. Faz o espírito se agigantar, sair de sua pequenez. Acredito que a poesia pode ser profilática. Um indivíduo surtado é uma nau desgovernada. Mal os medicamentos podem ajudá-lo. Nem ele mesmo pode fazê-lo. Mas só o fato de evitar a loucura para uns, faz com que escrever seja um remédio. Por isso, salve a poesia. Saúde, poesia!!!

Friday, April 11, 2008

Compulsão.

Um poema só um poema a mais
Na barriga só mais um problema
Na cabeça alguma coisa dizendo
Que eu estou me repetindo e
Vivendo na barriga do problema

Um poema que comece com tudo
Que termine com o universo confuso
Aquele caos que belisca o umbigo

Dois poemas agora num só poema
Um pra dizer que eu estou assim
Outro pra dizer que eu estou assado

Três poemas e uma tatuagem
Algum enigma e uma canção triste
Talvez todo o poema seja um cemitério

Thursday, April 10, 2008

amarelo.

dentro de mim
explodem comigo

fora de mim
implodem comigo

fora e dentro
sou fragmento

dentro e fora
cimento de aurora

Wednesday, April 09, 2008

Me bate.

Me bate um pouco
Me bate um pouco mais
Eu não sei o bastante
Sobre a minha dor

Cuidado não fure
Nem meus olhos
Nem meus tímpanos
Deixe que eu toque

Os cinco sentidos
Que eu perco toda a vez
Que você me bate
Eu não sou masoquista

Mas me bata com a mão
Para que eu tenha
O calor de outro corpo
No veludo de minha dor

Tuesday, April 08, 2008

Cadafalsos.

E o lexotam do dia a dia
O chá de calmaria
Mente em banho Maria

Preparada pros esporros
Pelo vento dos morros
Do que vai dentro do gorro

Existe sempre na mente
Um cego delinqüente
Geralmente vidente

Vai guiando os passos
Pelo cada falso
Sol escondido dos mormaços

Quando vem a ruptura
O médico não tem cura
É só você e a sua loucura

Monday, April 07, 2008

SEXO VERBAL FAZ MEU ESTILO.




Salve Pessoal


Contrariando o Renato Russo, meus poemas eróticos (alguns) estão em Germina. Clique no link:

Saturday, April 05, 2008

CRIANÇA.

abismo
sinto pela boca

a propensão
ao caos também

incerta
minha mente absorta

combina com os dentes
como encarnecer

tecer novos juízos
e absintos

correr um quarteirão inteiro
atrás do vento

que se quer na frente

Friday, April 04, 2008

Mas nada faz com que o pterodátilo em minha boca lata. Nada como a busca por labirintos novos. Alguém algum dia me entenderá e já é tarde. Hoje é passado. Outro enigma percorre – feito scan – o meu panorama. Ela está deitada com um labirinto na cabeça. Com dor de cabeça. Depois de ter tocado o corpo dela e perfurado seu tímpano, percebi que era culpado. Por que matar alguém é tão fácil? Difícil é percorrer os corredores a procura de uma colisão. Outro trem que venha vindo tão rápido em direção contrária. Alguém pra amar é o que todos buscam. E eu só quero me esconder num outro corpo. Como se cada dia passasse assim tão rápido que já é ontem. Depois de ontem é hoje. Agora quero bocejar porque não dormi. Por que matar alguém é tão fácil. É só deixar que alguém se mate. Calibro o tempo e ponho uma bala no passado. Miro você e aquela estátua e acerto nela. Agora é comigo e você. Só algum décimo de segundo me assalta. Sou inacabado. Em processo. Vivendo duas vidas em você. Aquele que você queria que fosse e o que eu sou e sinto que não sou suficiente. Sufoco o prisma de sua fala em ré menor. Quem sabe calada diga mais do que o rádio da polícia e possa descobrir porque você morreu naquele dia, naquela hora, naquela parte da cidade escura. Tomo um milésimo de segundo. Bebo o retrocesso. Esta manhã está apagada. Depois de tudo nada aconteceu. Só estou um pouco nervoso e me falta só um miligrama. Eu acordo você e eu saio. Em direção contrária a sua. Quem sabe o labirinto esteja aí para todos verem por um segundo o que querem. Quer se ver no outro. Querem amar o outro, mas o que acontece é o oposto. Algum ser tosco e brutal pode corromper o silêncio como quem tira da vida o sangue todo o sangue. Alguma opção melhor do que sentir você sangrando em mim?

Thursday, April 03, 2008

UM POEMA PARA UM FILME MENOR.


FEITIÇO DE AQUILA

P/ Andrea

Parte de mim parte,
Quando te olho
No lábio dos olhos.

Parte de mim, exata,
Desata o nó de ti,
Orna o pomo de Adão.

Parte do alarde enfim,
Desola meu triste ser,
Ao se evadir de mim.

Parte de mim arfa
Na aurora da solidão.
Quando tu pantera

E eu Sol só brilho
Para o que passamos:
Falcão e Lua no cio.




Wednesday, April 02, 2008

Assim foi feito. Alguém caía. Alguma outra
forma de vida. Algum et. Algum Ogum.
As palavras cresciam em torno de um lugar:
: algum lugar diferente e igual a tudo.
Fui levado mudo para fora do mundo.
: soube que no inverno isso acontecia com
mais vagar: um vagar que quase a manhã
acode. Por que só escrevo sobre isso e
me deito com os remédios para fazer amor
com eles. Eles conseguem segurar meu tigre.
Eles sabem o que eu preciso da esfinge.
Algum problema pinta e pinto de negro os
Meus cabelos são pororocas indo e vindo
e algum tisunami me pega pelo pé e como
sou feio pelado: você me diz isso, mas diz
que não tem problema: o amor é uma algema.

Tuesday, April 01, 2008

 
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