Havia um país que tinha um padeiro com o nome de Stalin. Um outro país em que o açougueiro se chamava Mussolini. Neste mesmo país havia o tal do Adolfo. E um outro cujo jogador de futebol se chamava Mao. E havia ainda um outro país em que todos os pais que deram estes nomes aos filhos diziam: este país não tinha nome
PODRE
Dentro de mim há algo podre
algo
algas verdes que flutuam
na química cerebral
Alguma coisa estranha nisso tudo
como um dente com chip
que a CIA colocou
Aquela dentista era minha amiga
era
e hoje ela me telefonou
Disse coisas com sentido
q a vida era um perigo
era
e isso eu já sabia
O que ela não me disse foi o q me deixou triste
Não disse que eu estava podre
Mas sei tudo isso tão bem
q não acredito em mim
Tuesday, July 24, 2007
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 6:48 AM 0 comments
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 10:52 AM 2 comments
GÊMEAS
Ana era linda
Era bela e era maldita
Era uma quimera
Era o seu nome Ana Vera
Vera era tão Ana
Cinderela era o que era
Era uma banana
Era o seu nome Vera Ana
Ana se olhava no espelho
E via a Vera
Vera se olhava no espelho
E via Ana
Até o dia que surgiu Pedrinho
E comeu as duas
Vera virou Ana
Ana virou Vera
Wednesday, July 18, 2007
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 9:25 AM 2 comments
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 4:17 PM 1 comments
AGORA DEPOIS QUE O TEMPO PASSOU E VOCÊ NÃO VEIO.
Eu estive tão só estes dias que quase me sufoquei bebendo um copo d´água. Engasguei com um milhão de pterodátilos que falavam pai pai painho meu. E eu não tenho filhos de olhos azuis. Para que possam olhar meu horizonte castanho. O que vêem seus olhos verdes? Você fica bonita vestida de preto e seus cabelos castanhos esvoaçantes me fazem lembrar as cobras na cabeça da Medusa.
Papai Noel deixou um presente gordo na meia. Eu fui o inquilino de seu corpo por alguns dias. Só quero ser seu amigo e nada mais que amante. Diamante e rubi e esferas em toda a parte rodolitas e aquele programa às dez horas da noite onde mulheres vendem jóias. Vendo tudo hoje. Vendo minha fé. Meu codinome. Quero um color bar pra me meter entre suas cores. Sua cara tem muitas cores. Quero beber o azul do color bar no bar da minha Tv. Quero me afogar numa piscina vazia. Quero coisas impossíveis como lhe ver de novo aqui e ali mesmo onde esteve vinte quatro horas antes de um trem ter despencado sobre nossas cabeças vindo de não sei onde e indo pra algum lugar que detesto, pois pra ir teve que passar por aqui e nos destru-ir. Ir fundo. Mergulhar da ponta daquele iceberg e dar duas piruetas no ar e cair. O sangue escorrendo. A vida indo. O que não pode voltar não volta. O que não vem não vem. Deus deu também vinte quatro horas para que eu fizesse tudo que eu queria fazer olhar seus olhos de chocolate verde de preto verde de azul verde, portanto era algo verde que eu tinha medo de olhar para.
Thursday, July 12, 2007
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 10:18 AM 4 comments
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 12:26 PM 1 comments
NÃO DEU PRA COLAR
Tinha um louco no hospício q rasgava dinheiro. Dizem q só um louco rasga dinheiro e q tem q ser muito louco para fazê-lo, mas ele rasgava pra multiplicar. Ele achava q rasgando em quatro partes ficava mais rico. Até o dia em q ganhou na loteria e não ganhou nada. Havia rasgado o bilhete em quinze partes.
Thursday, July 05, 2007
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 3:45 PM 2 comments
Rugi leão fora da concha
aerando um Universo
de pólen e nuvem
Cobri meus dedos com neom
e com tinta meus cabelos
Logo era um gorila
Travestido de quase gente fui
vestir uma enseada
Nadei entre os despojos e enfrentei
a morte
Gorila e leão e homem enfim
Nadei e nadei e a praia secou no azul-
piscina que no varal escorre
Sunday, July 01, 2007
Posted by Rodrigo de Souza Leão at 8:02 AM 2 comments