DOIS POEMAS SEM TÍTULO

não carece sol
alguma elisão

carece só compor
algum vento

e assim apagar
o que a chuva

dentro de mim
mar

fora de mim
pano com ponta

varal:
nuvens e nuvens

seda de botuca
queimando humos

*

o nada nada no nada
enquanto o nada nada
no nada estamos todos

todos esperamos a chegada
do nada no nada

se chegará nadando
ou pulando a enseada

o fato é que falta pouco
pro nada ser o todo

Wednesday, October 10, 2007

5 Comments:

Anonymous said...

Rodrigo
o peixe fora d´água nada no nada, encontra tudo e não diz nada
abraço

myra said...

è formidavel...teu jogo de palavras, nada, e nada....otimo,
um beijos,
myra

Anonymous said...

o nada é tudo!

dois poemas bons.

Abração.

Priscila Manhães said...

Olha que coincidência: hoje traduzi um poema chamado Soleil, de Pierre Reverdy . ;)
Bisous, bisous.

Samantha Abreu said...

tua brincadeira com as palavras chega a encher a boca d'água.

beijos!

 
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