Bombado

Mergulhei de cara no ar
Quando eu respirei
Meu coração ia a duzentos por hora
Capotar na primeira endorfina
E ir adrenalizado bater e bater
Até uma morte circunscrita
A alguns idiotas que me matavam
Mas eu voltei vivo
Da camisa de força que apertava
Ainda sem conseguir separar
A realidade da realidade
Por que tudo era realidade
Aquelas vozes que me esmagavam
Aquelas mãos que eram pinças
Aquelas pinças que pareciam caranguejos
E arrancavam meus pedaços
Mas não comiam
Porque era só por prazer
Que faziam aquilo



Friday, September 29, 2006

1 Comment:

ana rüsche said...

oiê!

tá animal o poema. vc já leu o del candeias? acho que tem muito a ver, o cara escreve muito.

eu gosto assim dessa coisa tensa, violenta e imediata, muita coisa de nossa vida é assim por hora.

beijo e bom findi

ps.: aqui tem algo do del: http://www.anar.com.br/site/index.php?option=content&task=view&id=263

 
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